quinta-feira, 28 de abril de 2011

sem remedio



Sem Remedio




Aqueles que me

tem muito amor

Não sabem o que

sinto e o que sou

.Não sabem que

passou, um dia,

a Dor

À minha porta e,

nesse dia, entrou.

E é desde então

que eu sinto este

pavor,

Este frio que

anda em mim,

e que gelou

O que de bom me

deu Nosso Senhor!

Se eu nem sei

por onde ando e

onde vou!

Sinto os passos da

Dor, essa cadência

Que é já tortura

infinda, que é

demência!

Que é já vontade

doida de gritar!

E é sempre a

mesma mágoa,

o mesmo tédio,

A mesma angústia

funda, sem remédio,

Andando atrás

de mim, sem me

largar!

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