quinta-feira, 28 de abril de 2011

me venci, mais te matei dentro de mim.

“Achei que aquela dor fosse



durar para sempre,



de tanto que doía.



Não era dor física,



daquelas que a gente põe



a mão pra amenizar.



Era dor de amor.



Não tive a sorte



de um amor tranqüilo.



Sentia o coração



sendo rasgado, em finos



trapos, bem devagarinho.



Doendo...



Rasgando...



Ferindo...



Sangrando...



E a cabeça só lembrava:



você.



O chão que



me faltou aos pés era



o buraco em que



eu queria me enterrar.



Mas queria viver!



Viver pra te



ensurdecer de tanto gritar



eu te amo, explodir meus



pulmões de tanto chorar,



me matar pra ver se



te matava, te matar



pra ver se renascia.



Eu sorria quando tu



sorrias, eu chorava quando



tu choravas.



No fundo, só queria te fazer



sentir aquilo que eu sentia,



te sobreviver do meu amor.



Quantas vezes quis



abrir teu peito, te



arrancar o coração e



colocar o meu no lugar.



Toma!



Experimenta me



amar como eu te amo.



Toma!



Quantas vezes



quis rasgar meu peito, te



tirar lá de dentro e dizer: “



Vai!



Segue teu caminho e



esquece que eu existo, já



não te preciso mais!”



Me venci.



Te matei em mim.

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