quinta-feira, 28 de abril de 2011

amor em temporal

Confesso que parei no tempo...
Apesar das marcas registradas durante o longo das estradas.
Ou ele me deixou pra trás, correndo veloz demais...
Houve expressivas mudanças...
Por fora!
Por dentro continuo a mesma...
Antes e agora.
Às vezes me sinto idiota nessa realidade ilusória.
Ser anormal, atemporal!
Felicidade irrisória...
Idiotice que me faz sorrir pra quem me vê assim...
E de repente gargalhar até chorar, de rir...
De mim.
Ainda vivo meu primeiro amor!
Único!
Outros eu já esqueci...
Com o mesmo
ardor de adolescente, a mesma paixão crescente...
Como se fosse hoje o tempo em que me perdi.
Tantos anos se passaram...
Quantas águas rolaram desde que ele se foi,
deixando terna saudade que nunca deixo morrer...
Camuflo-a de cores vivas e dela tento sobreviver.
Sua música ao piano...
No palco, minha dança,
ilusões por trás dos panos, palavras de esperança,
gestos de amor, beijos de batom na flor...
A doce entrega!
Emoção!
Vida a pulsar!
Coração!
Ainda danço.
Sem pano vermelho...
Sem palco, sem aplausos...
Frente ao espelho!
Reverencio a mim mesma...
Revejo...
Vibro com o que vejo!
Seu verde olhar a me incitar...
E me ouso em passos inusitados que
mantenho guardados para meus momentos calados...
E seu piano toca...
E me toca, ainda mais suave...
Mesmo em tom mais grave.
Notas musicais irradiando claves de sol...
a solfejarem... me sussurrarem...
Trazendo-o bem junto a mim.
Amor sem fim!
Sou feliz desse jeito.
Insensata, mil defeitos...
A vida não é um tratado e ninguém é perfeito.
Escuto minha alma que tudo vê e pressente...
E revivo no presente o grande amor do passado.

Nenhum comentário:

Postar um comentário